Fundação PoliSaber na 8ª Reunião Ordinária da CNODS Comunicação, Educação e Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável

A ética da palavra e a força da cooperação marcam o primeiro dia
do encontro em Brasília



A Fundação PoliSaber participa da 8ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), realizada em Brasília nos dias 17 e 18 de outubro.

O encontro reúne representantes do governo federal, da sociedade civil e da academia para debater os desafios da sustentabilidade no Brasil e o papel das parcerias na aceleração da Agenda 2030, às vésperas da COP30.

Criada pelo Decreto nº 11.407/2023 e atualmente composta por 84 membros titulares, representantes do governo federal, representações subnacionais e sociedade civil, a CNODS tem caráter consultivo e paritário.

Sua missão é promover, acompanhar e difundir a implementação da Agenda 2030 no Brasil, fortalecendo a articulação entre políticas públicas, territórios e participação social.

As discussões do primeiro dia destacaram a importância de reafirmar a democracia, fortalecer o multilateralismo e traduzir a Agenda 2030 em políticas concretas e compreensíveis pela sociedade.

O Brasil é reconhecido como um espaço de resistência e inovação na agenda global de desenvolvimento sustentável, especialmente pela atuação plural da CNODS e dos Conselhos de Participação Popular.

Comunicação, tecnologia e educação como tripé da sustentabilidade democrática

Logo após o almoço, o presidente da Fundação PoliSaber e conselheiro da CNODS, professor Gilberto Alvarez Giusepone Junior, apresentou a reflexão “Comunicação, tecnologia e educação: o tripé da sustentabilidade democrática”.

Sua fala uniu conteúdo político, ético e pedagógico, propondo que a CNODS se consolide como um espaço de coaprendizagem entre governo e sociedade civil, no qual comunicar, inovar e educar são dimensões inseparáveis do desenvolvimento sustentável.

“Vivemos um tempo em que comunicar é exercer poder.

Quem define a narrativa, define o rumo do desenvolvimento.

Sem comunicação ética não há confiança; sem tecnologia justa não há soberania;

e sem educação permanente não há democracia.”


O professor apresentou também a proposta do Pacto pela Comunicação pelos ODS, iniciativa que busca integrar as dimensões ética, participativa e formativa da comunicação pública, promovendo transparência, inclusão e engajamento social na divulgação das ações ligadas à Agenda 2030.

Oficina: O caminho para 2030 — parcerias e mobilização

Na sequência, ocorreu a oficina “O caminho para 2030: Parcerias para fortalecer a democracia e acelerar os ODS”, que propôs um exercício coletivo de escuta, cooperação e criação conjunta. A atividade convidou os conselheiros a refletirem sobre o que os mobiliza a participar da CNODS e o que cada um escolhe deixar de lado para estar presente.

Em sua contribuição, o professor Giba destacou que a emoção e o afeto são forças políticas reais de mobilização.

“A política pública precisa voltar a ter alma. A cooperação nasce do afeto e da escuta — é isso que sustenta o trabalho conjunto e a confiança entre governo e sociedade.”

A oficina foi marcada por um ambiente de diálogo, escuta ativa e valorização das experiências humanas que sustentam as políticas públicas. O tom de cooperação abriu caminho para as dinâmicas finais em grupos temáticos, que consolidaram propostas concretas para os próximos meses.

Grupo 1: Monitoramento e Avaliação — dados que viram decisões

No encerramento do primeiro dia, o professor Giba integrou o Grupo 1: Monitoramento e Avaliação da Agenda 2030, que discutiu o papel das plataformas e comissões na consolidação de sistemas públicos de acompanhamento dos ODS.

O grupo chegou a um consenso: as plataformas e comissões são elos entre o dado e a decisão, responsáveis por transformar informação em política pública e garantir a legitimidade do processo de monitoramento. A síntese das contribuições destacou quatro funções centrais:

  1. Integrar indicadores oficiais (IBGE, Ipea) e comunitários, evitando duplicações e lacunas.
  2. Criar comunidades de prática, conectando ministérios, prefeituras e organizações sociais para leitura conjunta dos dados.
  3. Fortalecer a transparência e a confiança pública, combatendo a desinformação.
  4. Dar visibilidade territorial, mostrando onde os avanços ocorrem e onde persistem desigualdades.

Dar visibilidade territorial, mostrando onde os avanços ocorrem e onde persistem desigualdades.
A contribuição reforçou o compromisso da Fundação PoliSaber com o uso ético e educativo das tecnologias de informação, defendendo que monitorar é mais do que medir, é aprender coletivamente com os resultados.


Síntese e legado


As participações da Fundação PoliSaber no primeiro dia consolidaram uma presença articuladora e propositiva dentro da CNODS. O professor Giba apresentou uma visão que une técnica e sensibilidade: comunicar com ética, cooperar com propósito e educar para a sustentabilidade democrática.

O Pacto pela Comunicação pelos ODS, proposto durante sua fala, nasce dessa síntese: uma convocação para que instituições públicas e privadas assumam a responsabilidade de comunicar com ética, inspirar com verdade e mobilizar com esperança.

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